Dor e melancolia. É assim que um torcedor fanático absorve uma derrota do seu time de futebol. Antes dos jogos, há toda uma preparação, afinal de contas, espera-se um espetáculo, um show, um baile da sua esquadra contra o adversário. Quando ele acorda, o pensamento crava em apenas um objetivo: ver o time do coração jogando bem, vencendo e convencendo.
Para isso, liga para os amigos, combina hora de pegar ônibus, ou então ir mais cedo de carro, revê a condição de bandeiras e camisas. Ingressos na mão é a certeza de um bom lugar na arquibancada, pois isso também fazem parte do ritual que precede a ida ao estádio.
Tudo pronto para ir, seguirem frente. No caminho, a tradicional batucada. Rádio na mão para seguir o pré-jogo. Em dia de partida fácil, até mesmo o comentarista critica de forma positiva, dando a impressão de um duelo tranquilo e boa vitória. Mas, quando o adversário engrossa o caldo, o fanático sabe que as dificuldades deverão ser ultrapassadas, pois para ele apenas a vitória interessa.
Para isso, liga para os amigos, combina hora de pegar ônibus, ou então ir mais cedo de carro, revê a condição de bandeiras e camisas. Ingressos na mão é a certeza de um bom lugar na arquibancada, pois isso também fazem parte do ritual que precede a ida ao estádio.
Tudo pronto para ir, seguir
E quando se trata do glorioso Atlético Mineiro, que se encontra longe do lugar de destaque que deveria ocupar devido tamanho prestigio no mundo do futebol, a zona de rebaixamento, a vitória é ainda mais importante. Por isso, a vibração da torcida, considerada 12 jogador alvinegro, é fundamental para impulsionar o time ao tão esperado triunfo.
A entrada é barata e logo aquele mar de gente se multiplica ainda mais. Já nos portões de acesso ao campo, a torcida pula, grita e faz uma bela festa. O jogo começa e a previsão de partida equilibrada se confirma. Mas o Galo é valente, destemido e está disposto a provar que quer um lugar ao sol. A bola que caprichosamente bate no travessão aumenta as esperanças de 15 mil fanáticos alvinegros no estádio e de uma legião que acompanha pela TV.
Uma explosão de alegria e vibração toma conta das cadeiras. E no gol? Ah, o gol! Momento sublime do futebol. Bola enfiada para Neto Berola e o atacante, sem titubear, tira do arqueiro Marcos e arremata a bola para estufar as redes. Vantagem no placar e euforia do torcedor.
Até ai, tudo ia bem. A torcida fazia a sua parte e o time correspondia dentro de campo. Mas ai, uma pane tomou conta do meio de campo e da defesa alvinegra. Fábio Costa rebate forte chute de Luan e o volante, aquele que está em campo para defender, aparece como elemento surpresa na pequena área e, sem esforço, encosta na pelota, empurrando para dentro do gol.
O empate deixou apreensivos os torcedores do Galo. Unhas, já não tinham mais. Alguns, mais nervosos, pediam emprestados do colega ao lado para roer. A tensão tomava conta de um jogo corrido, disputado e equilibrado, como sempre foi Atlético Mineiro e Palmeiras.
E para consolidar a triste tarde quente de Ipatinga, o golpe final foi dado. O gol do atacante Kleber, ex-Cruzeiro, fez sangrar o coração do torcedor atleticano. Lágrimas corriam dos rostos de marmanjos barbudos, que batiam no peito e escudo da camisa, pedindo raça ao time em campo.
Fim de jogo e uma salva de vaias culminou das arquibancadas. Os torcedores saíram de campo decepcionados e com a idéia fixa de que precisam trabalhar ainda mais para honrar as cores do time que defendem. Ao Palmeiras coube comemorar o triunfo e sair de cabeça erguida, com a sensação de dever cumprido.
E aquele torcedor, que se preparou para ir ao estádio ver um espetáculo, se organizou com os amigos, colocou a camisa do time e agitou a bandeira na torcida? Voltou para casa, mais uma vez, se perguntando: quando terminará o triste calvário alvinegro?!
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