Como era de se esperar, o Atlético fez muito bem uso de seus
domínios e abriu vantagem na disputa pelo título inédito da Copa do Brasil
contra o Cruzeiro. Em duas bolas alçadas na área pelo lateral Marcos Rocha, o
Galo achou brechas na defesa adversária e fez dois gols com Luan e Dátolo.
O gol cedo ajudou o Atlético a colocar as ideias no lugar. A
partir dai, o Galo passou a marcar no meio de campo, fechando os espaços e dobrando
a pressão somente quando necessário. Os contra-ataques passaram a fazer parte
da rotina alvinegra. Ao Cruzeiro cabia a missão de partir para cima, com toque
de bola envolvente, rápido e vertical, o que não aconteceu.
Luan abriu o placar com um gol de cabeça. E ele tinha dito
que anotaria um tento na final. Predestinado, hein?! Marcos Rocha lançou bola
na área, a zaga rebateu e sobrou nos pés do volante Josué. Ele rolou novamente
a pelota para o lateral, que alçou na área e achou a cabeça do "menino
maluquinho". O lance que inaugurou o placar aconteceu aos 8 minutos de
jogo. E cabe ressaltar que o jogador alvinegro estava em condição irregular,
mas que não foi anotado pelo assistente.
A partir dos 10 minutos da etapa inicial, o que se viu foi
um Cruzeiro com pouca produtividade. Tinha a posse de bola, mas não sabia o que
fazer com ela. O Atlético marcava no meio de campo e esperava a chance de poder
matar o jogo. Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, jogadores de seleção
brasileira e que deveriam ditar o ritmo do Gigante da Pampulha, pareciam
cansados. Não conseguiram produzir nem perto o talento que os levaram à
esquadra nacional.
Se aproveitando do cansaço do time celeste, o zagueiro
atleticano Jemerson, que foi um dos destaque da partida, anulou completamente o
ataque adversário. O garoto de apenas 21 anos sobrou e não deu chance a Marcelo
Moreno e companhia. Vendo que o esquema tático não estava funcionando, já no
segundo tempo o técnico cruzeirense Marcelo Oliveira fez alterações. Sacou
Everton Ribeiro e Ricardo Goulart e colocou Julio Baptista e Dagoberto. Enquanto
estiveram em campo, os quatro jogaram muito abaixo do esperado.
Na metade do segundo tempo, em mais uma jogada vindo do
lateral Marcos Rocha, que alçou bola na área, Carlos ganhou de cabeça e ajeitou
para o meia Dátolo. O argentino, outro destaque da partida, fuzilou para o gol,
não dando chances ao goleiro Fábio. No final da partida, o atacante Diego
Tardelli ainda teve a chance de ampliar o marcador, mas foi parado pelo
arqueiro adversário, que pegou chute à queima roupa. A única oportunidade boa
do Cruzeiro na etapa final aconteceu com o meia Éverton Ribeiro, pouco antes de
ser substituído. Ele carregou a bola e da entrada da área bateu forte no canto
direito do goleiro Victor. A bola passou tirando tinta da trave.
Para manter as chances de taça, o time celeste terá que ‘ser
Atlético-MG'. Ou uma cópia do rival. Em outras palavras, os cruzeirenses
precisarão de uma virada poucas vezes vista na história da Copa do Brasil.
Ainda assim, irão contar com o apoio da sua torcida, que promete lotar o
Mineirão. Talvez este seja o combustível necessário para que os jogadores
celestes reponham as forças e coloquem o coração na ponta da chuteira.
Ao Atlético cabe comemorar a vitória e se preparar
psicologicamente para o caldeirão no dia 26 de novembro. O Cruzeiro precisará
vencer por três gols de diferença para ser campeão.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-MG 2 X 0
CRUZEIRO
Local: Estádio
Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 12 de
novembro de 2014, quarta-feira
Horário: 22h
(de Brasília)
Árbitro: Marcelo
de Lima Henrique (Fifa/RJ)
Assistentes: Emerson
Augusto de Carvalho (Fifa/SP) e Rodrigo F. Henrique Correa (ESP-1/RJ)
Cartões amarelos: Josué
(Atlético-MG). Samudio (Cruzeiro)
Gols: ATLÉTICO-MG:
Luan, aos oito minutos do primeiro tempo; Dátolo, aos 13 minutos do segundo
tempo
ATLÉTICO-MG: Victor;
Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Josué, Leandro
Donizete, Dátolo e Tardelli; Luan (Marion) e Carlos
Técnico: Levir Culpi
CRUZEIRO: Fábio;
Mayke, Bruno Rodrigo, Léo e Samudio; Lucas Silva (Nilton), Henrique, Everton
Ribeiro (Júlio Baptista) e Ricardo Goulart (Dagoberto); Willian e Marcelo Moreno
Técnico: Marcelo Oliveira
Veja os gols da partida:
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