sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Vitória com assinatura atleticana

Lindo, maravilhoso, espetacular! Esse Galo é Forte, é Vingador! E esta última virtude nunca esteve tão em evidência quanto agora. E explico ao decorrer das ideias. Que maestria, que vigor! É o Galo da Libertadores de 2013 que ressurge nos momentos complicados? Aquele time divino, de homens que colocam o coração na ponta da chuteira, o sangue como se fosse suor e dá um pontapé no sentimento do impossível? Sim, este time está de volta. Aliás, nunca deixou de existir, apenas descansou para voltar ainda mais impressionante.

Com o ingresso na mão, parti sentido ao Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão. A casa dos times mineiros. Sim, times mineiros! Um terreiro mais espaçoso, capaz de acomodar loucos e fanáticos pelo Galão e a sua Massa de apaixonados. Chegando neste que seria o palco de uma das batalhas mais colossais de todos os tempos, me deparo com um desfile de ternos. Pensei comigo se seria baile de formatura, ou casamento?! Ou, quem sabe, de debutantes? Não. Era o jogo do Galo. Pessoas bem vestidas com a camisa do time do coração. Traje essencial para se entregar a uma emoção que transcende gerações.

Ao dar o pontapé inicial, as lágrimas já corriam nos rostos dos atleticanos. "É muita emoção. É muita emoção. Vamos, Galo! Eu acredito". Este era o grito de milhares de fanáticos, que impulsionavam o time querido diante de mais uma batalha. Os pais seguravam as mãos dos filhos. As vozes ecoavam em todo o estádio. Pessoas se abraçavam e tentavam passa confiança uns para os outros. Como se precisassem!

Um balde de água fria? Não! Isso não existe no vocabulário atleticano. Aliás, o que é isso mesmo? O que alguns chamam de "colocar água no chopp" o fanático alvinegro entende como "apimentada". Se não houver emoção, não é Galo. Não, não! Time e torcida andam tanto em sintonia que ambos insistem em repudiar qualquer tipo de jogo fácil, sem um tempero especial. É inadmissível. Vai chegar ao ponto em que o time adversário, ao encarar o Galo em seus domínios, já terá um gol de vantagem somente por causa da "apimentada". Porque Galo é emoção, é vibração, é raça!

E sem o primeiro tempo terminar, o filho do Galo deixou claro de que não existia virada. OK, tecnicamente houve. Mas não para o atleticano. Para eles não há virada. É tudo friamente calculado. É a famosa apimentada, lembra? Sem isso o atleticano, de fato, pira. Fica maluco. Maluco, não. Revoltado! Ora, não se pode vencer uma guerra sem emoção. Não é honroso. Perde-se o gosto, o prazer. É como conquistar uma mulher sem ao menos conversar com ela. A paquera, o lance, o desejo à flor da pele também vale, inclusive para o futebol.

Ao final, com a virada. Digo, a apimentada, o terreiro era, mais do que nunca, um só. Se o choro era apenas de alguns no início, ao soar o apito do árbitro pela última vez, um bando de alvinegros haviam se entregado à emoção. Justa, digna e honrosa, como deve ser presenciado por um legítimo atleticano. A vitória foi tão imponente, que quando cheguei em casa o galo do meu quintal ainda cantava de alegria. E isso já eram mais de 2 horas da manhã.

É esse o poder que traz uma VITÓRIA com todas as letras em "caixa alta". Para quem não é atleticano, uma vitória maiúscula, perplexa, autoritária. Para o alvinegro mineiro também é tudo isso, mas, acima de tudo, uma decisão com a assinatura do Clube Atlético Mineiro.


Carlos e Luan comemoram primeiro gol atleticano


Veja os gols!

https://www.youtube.com/watch?v=R106BLyvTEE

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