Balanço de Cruzeiro e Atlético-MG na 21ª rodada do Brasileirão

Cruzeiro chega

O que mais se ouve nos bastidores do futebol em Minas é que o Cruzeiro está chegando. Com futebol de muita macacão, principalmente do meio para frente, já que prioriza a pressão no campo do adversário para aproveitar os possíveis erros, o time celeste vem de quatro vitórias seguidas,  o que o firma de vez na luta pelo título.

O que impressiona no Cruzeiro é o elenco qualificado. Mesmo perdendo jogadores importantes, Cuca sempre tem ótimas opções no banco de reservas. Quando sai Montillo, o camisa 10, organizador e motor da equipe, lá está Roger para suprir a carência de criatividade.

E falando em meio campo, como o volante Fabrício voltou a jogar bem, hein! Foi o dono do jogo na última partida contra o Avaí, em Florianópolis. Além de marcar como poucos, organizou a equipe e deu ritmo à Raposa, que suportou a pressão e venceu fora de casa.

Já disse isso em textos anteriores e repito. Não duvide da força do time mineiro. Acredito que hoje, os celestes são os que melhor representam a mineiridade em sua essência: vão devagar, como quem não quer nada, comendo pelas beiradas. Quando os adversários percebem, lá está a Raposa abocanhando mais uma taça. Alías, Cruzeiro tem feito jus ao seu mascote, você não acha?!

Veja os gols de Avaí 1 x 2 Cruzeiro.

Atlético respira

“Ufa, parece que a maré de azar do Galo está indo embora. A “uruca” que pairou no Atlético Mineiro no início do Campeonato Brasileiro parece estar com os dias contados”. É isso o que mais se houve dos torcedores atleticanos em Minas. Mas, vamos com calma. Já diz o ditado: “muita calma nessa hora”.

Apesar das duas vitórias nos últimos quatro jogos (contra Grêmio Barueri e Goiás), deve-se ressaltar que o Galo venceu apenas times, teoricamente, piores que ele na tabela de classificação, já que estes estão em 19º e 20°, respectivamente. É claro que o futebol do Atlético Mineiro evoluiu, mas ainda não é consistente o suficiente para dizer que time vai sair da zona de rebaixamento em duas rodadas, por exemplo. Até porque não depende apenas de si.

O que mais chama a atenção neste atual time mineiro são os vacilos que ocorrem desde o início do torneio. Erros de passe e marcação são os mais gritantes. Não esquecemos, porém, que só agora o Atlético-MG conta com o time que já deveria ter iniciado o Brasileirão, com a ausência apenas de Diego Tardelli, titular do ataque.

Pode ser que o Galo comesse a tomar, finalmente, forma de time a partir da sequência de jogos com essa equipe considerada ideal pelo técnico Luxemburgo. Obina salvou a pele do comandante alvinegro na última rodada, ao fazer o gol da vitória. Resta saber até quando a fanática torcida terá paciência para aturar falta entrosamento de um elenco que já deveria estar “voando”.

Disse e repito.O Atlético vive uma sinuca: se por um lado o time ideal joga junto só agora, 21 rodadas depois de iniciada a competição, por outro não há mais tempo para chorar a situação. É trabalhar para sair desta incômoda situação. E não adianta Luxemburgo dizer que fica no Galo se o time cair para a Segunda Divisão. Faça essa indagação aos torcedores para saber se isso serve de alento a eles.

Veja o gol de Obina na partida contra o Grêmio Prudente.