Falta futebol ao Galo

Um dia depois de perder para o Atlético-PR na Arena da Baixada, em Curitiba, os jogadores do Atlético-MG anunciaram concentração de 15 dias e pediram o apoio da Massa. Quem falou em nome de todos foram o experiente Ricardinho, o capitão Réver, o xodó Obina e o artilheiro Diego Tardelli.

É verdade que ser comprometido com uma empresa que paga seus salários não é nada mais que obrigação de um funcionário. Por isso, não há nada demais na decisão de não frequentar as badaladas noites na capital mineira, evitando, consequentemente, um possível confronto direto com integrantes da torcida organizada “Galoucura”, que está no encalço do dos baladeiros.

A atitude de concentrar mostra união do grupo? Ainda é cedo para saber. Fato mesmo é que pode dar certo, já que temos exemplos recentes. Ano passado, o Fluminense estava à beira do abismo e não deram um passo adiante. Conseguiram se safar nas últimas rodadas com união é verdade, mas principalmente com talento e futebol.

Réver, Obina, Tardelli e Ricardinho em entrevista

Não adianta mostrar que estão engajados em prol da salvação do time se esta vontade não for passada para dentro das quatro linhas. Ainda não é tarde para falar em comprometimento, apesar de entender que isto já deveria constar nos planos desde o início da temporada.

O Galo precisa começar a produzir. O discurso do técnico Luxemburgo ficou obsoleto, vago. Mais do que nunca, os jogadores precisam começar a jogar futebol, já que um dos poucos que ainda demonstra isso, por incrível que pareça, é o atacante Obina